As reuniões acontecem mensalmente na sede da FIESC ou de forma itinerante e visam promover melhorias para todo o setor.
A economia brasileira passa por um momento de transformação e se mostra aquecida para o setor da construção civil. Para projetar o futuro de forma assertiva, o segmento se reúne periodicamente e discute planejamentos estratégicos e melhorias para todo o setor. Em Santa Catarina, a Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção - CDIC, órgão da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina – FIESC desenvolve reuniões mensais que incluem também capacitações para os dirigentes sindicais. No mês de abril, Criciúma, base do Sindicato da Indústria da Construção Civil Sul Catarinense (Sinduscon), foi sede da reunião itinerante.
Abrindo a reunião, o presidente do Sinduscon Sul, Olvacir Bez Fontana, fez questão de destacar que a economia do país só não está em uma fase melhor devido ao processo burocrático pelo qual os empresários são submetidos. “Empresas que são enquadradas no sistema de lucro presumido sofrem diversas consequências em função da burocracia do país. É preciso que as lideranças criem alternativas para que os empreendedores invistam com maior facilidade. Certamente será um passo grande para o desenvolvimento do Brasil”, ressaltou.
O Presidente da Câmara de Desenvolvimento da Indústria da Construção, Paulo Obenaus, completou afirmando que a CDIC montou um planejamento estratégico com oito ações e equipes específicas para aprimorar questões como a desburocratização. “Cada equipe é responsável por um tema de interesse do setor e vai trabalhar fortemente para atingir os objetivos destacados”, frisou.
Segurança nas obras
Um dos temas abordados na reunião itinerante foi a troca de experiências dos Sindicatos sobre a segurança no canteiro de obras. O exemplo trazido veio do Serviço Social da Indústria da Construção Civil (Seconci) de Joinville, que é fruto de uma parceria entre sindicato patronal e laboral. Segundo o Presidente do Seconci, Jorge Sá, uma ação importante é a implantação do Programa Construção Mais Segura, do FIESC/SESI. “Santa Catarina é o 22º estado em termos de acidente de trabalho e o setor precisa trabalhar para melhorar essa posição que depende de investimento, mas oferece melhores condições aos trabalhadores e evita muitos casos de embargos de obras pelos órgãos fiscalizadores”, afirma Sá.
Revestimentos Cerâmicos
Para aperfeiçoar a parceria entre construtoras e fornecedores e evitar possíveis patologias futuras relacionadas aos revestimentos cerâmicos nos empreendimentos, a reunião contou com a palestra da responsável técnica do Laboratório da Cerâmica e Construção Civil do SENAI/SC, Aurea Stela Wessling Werncke. Para Aurea, a maior parte das patologias nos revestimentos cerâmicos nas construções ocorre pela falta de especificação adequada no momento da compra. “Existe uma variedade enorme de produtos. O fornecedor precisa saber onde e como o revestimento será utilizado. Para cada local de uso existe uma cerâmica com estética, custo e desempenho adequado”, assegurou.
O encontro ainda teve a discussão sobre a atuação da FIESC junto ao Poder Legislativo e demais atualizações sobre todas as regiões do estado.