O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Sul Catarinense (Sinduscon) divulgou o primeiro Diagnóstico do Mercado Imobiliário (DMI) de Criciúma, realizado em parceria com a Unesc. Durante um ano, foram realizadas diversas consultas com as construtoras associadas do Sinduscon para traçar um perfil das vendas dos apartamentos oferecidos em Criciúma. No procedimento, foi criado um banco de dados com tipo de imóvel, condição de uso, endereço, número de dormitórios, se havia ou não suítes e dependência de empregada, garagem, e ainda, área total, preço à vista e outras observações.
De acordo com o presidente do Sinduscon, Eng. Jair Savi, a iniciativa visa demonstrar como está o mercado da construção em Criciúma na tipologia de apartamentos. "Sempre trabalhamos com estimativas, mas sentimos falta de números consolidados. Esse diagnóstico vai ajudar os empresários a planejarem o tipo de investimento que a cidade precisa nesta área", comenta.
O estudo coordenado pela professora da Unesc, Eng. Evelise Chemale Zancan, pela estagiária do curso de Eng. Civil, Lucia Ramos e pelo engenheiro e gerente executivo do Sinduscon, Fernando Albuquerque Vaz, apurou que, em média 1300 unidades de apartamentos são ofertadas todo mês. A maioria dos imóveis oferecidos é de três dormitórios e os apartamentos de 100 até 150 metros quadrados são os mais presentes, com aproximadamente 35% do total disponível no mercado. Os bairros que mais se destacam na oferta destes imóveis são: o Centro, o Comerciário, o São Luiz, o Ana Maria, o Michel e a Santa Bárbara.
A pesquisa também demonstrou que há apartamentos para todos os tipos de renda e público, com preços que variam de 100 mil até acima de um milhão de reais. "Uma das dificuldades enfrentadas pelas Construtoras está nos preços elevados dos terrenos para serem incorporados, cuja valorização é repassada para os preços dos imóveis novos", avalia Evelise. Segundo dados da Divisão de Planejamento Físico e Territorial (DPFT) da Prefeitura de Criciúma, em 2011 foram licenciados com habite-se mais de 147 mil metros quadrados para áreas residenciais. "Pretendemos estender a metodologia desta pesquisa para outras áreas da construção", finaliza Jair Savi.
Fotos: Lucas Mendes
Filipe Casagrande - Ápice Comunicação
